segunda-feira, 16 de junho de 2008

17.5

Farto-me aos poucos
disto.

Pouco me interessa o som da harpa no ouvido, o som do piano no ouvido, o som.
Desaparece.
Sai,
e vai,
embora.

Chega de tormentos, de loucuras, de esperanças
perdidas
no ar.

O meu pensamento, aos poucos vai,
apagar
apagando
apagando-te


foge. Chega. Morre. Consome-te
na minha
língua

chega das palavras
sílabas
versos
músicas

como vês
as lágrimas
secaram,
e já
nao ha
muita tristeza
no olhar

nova,
estou nova,
outra
estou outra,
e nao é por ti
nem por elas
nem por ele
é por mim

chega, basta, parou.
O meu Mundo avançou.
Nao me tentes puxar para tras amor, já nao ha recuo.



segunda-feira, 9 de junho de 2008

Morro por dentro

Não lanço sorrisos,
não choro,
não falo,
não grito,
não me calo,
não me sinto.

Olhas,
reparas,
mas fazes parecer que não.

Sabes que sinto,
mas tentas enganar-me,
ao enganar-te.

Foges,
calas-te,
evitas-me,
mas fazes parecer que não.

Olha para mim,
vê-me morrer,
vê-me a deixar de sentir.

Não tenho alma,
e a culpa é tua.

Mataste-me por dentro,
esfaqueaste a minha alma
e deste a volta por cima,
como se eu fosse apenas,
um estorvo na tua vida.

Morro agora,
e ontem
e amanha.

Dás os teus golpes,
ao de leve,
sem que me aperceba,
morri mais um bocado.

Não me olhes,
não me sorrias
mata simplesmente.

E tem o prazer
de me ver morrer a alma.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Normalmente protegemo-nos sempre da chuva

Aprende-se sempre com os erros. É necessário cair para se saber se há força suficiente para levantar. E há. Quase sempre. Tentamos fugir do errado, lutamos em vão por utopias e perfeições. Pelo nosso conceito de perfeição, pelos padrões criados pela sociedade. Para quê? É com os erros que aprendemos, é assim que nos tornamos Pessoas. Porque nao é assim tao mau ser Humano.
Prentendo continuar mesmo assim, longe destes padrões pré-definidos. (já agora, tenho que escrever menos e estudar mais).
Quero orgulhar-me de cada passo que dou, de cada atitude que tomo, de cada sorriso que esboço, do que ouço ou escuto, vejo ou olho, do que faço, mesmo que erre em tudo. Não me vou tentar proteger à toa. Vou aprender, crescer, viver. Longe duma vida monótona, inútil, entediante.
Normalmente protegemo-nos sempre da chuva. Eu quero levar com ela toda.